A crise econômica e sanitária, por conta da pandemia do coronavírus que atinge números trágicos, fizeram Jair Bolsonaro, o grande responsável por ela, perder parte de sua base de apoio na web. Além disso, foi obrigado a observar a aproximação do ex-presidente Lula na popularidade digital, de acordo com reportagem de Bruno Lee, na Folha de S.Paulo.
O sucesso nas redes é aposta de Bolsonaro para a reeleição em 2022. No entanto, o atual presidente registra queda, nesta semana, no ranking do Índice de Popularidade Digital (IPD), elaborado pela consultoria Quaest.
O índice mede o desempenho de personalidades nacionais da política nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google.
Bolsonaro continua em primeiro no ranking, com 60 pontos, em uma lista de 13 nomes que tendem a influenciar as eleições para presidente em 2022. No entanto, está 20 pontos abaixo em relação ao que tinha em 2020. Lula já surge com 55,9.
O ranking monitora seis dimensões nas redes: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamento das postagens), valência (reações positivas e negativas às postagens), presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa) e interesse (volume de buscas no Google, Youtube e Wikipedia).
Avanço de Lula
Lula avançou nos últimos meses e hoje é o principal rival de Bolsonaro nas redes.
Segundo analisou o pesquisador Felipe Nunes, professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor da Quaest, em entrevista à Folha, a evolução se deve a um fator determinante.
“O que fez Lula voltar? Objetivamente: ele cresceu em número de seguidores, cresceu em engajamento e cresceram as procuras por ele no Google. O que causou isso? Temas de comparação entre os preços na era Lula e agora”, afirmou.