O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) resolveu forçar a barra na defesa do assessor internacional do seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, que teria feito um gesto supremacista branco no Senado.
Dudão pegou um gesto involuntário parecido do jornalista Gerson Camarotti durante o Bom Dia Brasil e publicou em seu Twitter, na manhã deste sábado (27).
Veja abaixo:
Em momento em que aparecia nas câmeras da TV Senado, atrás do presidente da casa legislativa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Martins fez com as mãos um gesto que parece remeter ao símbolo “WP”, em referência ao lema “white power” (“supremacia branca”). Esse gesto, que se assemelha a um “OK”, é classificado desde 2019 como “uma verdadeira expressão da supremacia branca” pela Liga Antidifamação dos EUA, segundo reportagem da BBC.
“Ele fez um sinal de supremacia branca enquanto arruma o terno. É muito difícil ele dizer que não sabe o que está fazendo. É um sinal de supremacia branca. É um sinal que é usado como senha em diversos grupos, como o Proud Boys”, disse à Fórum a antropóloga Adriana Dias, que é doutora em antropologia social pela Unicamp, pesquisa o fenômeno do nazismo e atua como colunista na revista.
O Museu do Holocausto se posicionou nesta quarta-feira (24) contra o gesto feito pelo assessor presidencial Filipe Martins. Para o museu, o bolsonarista gesticulou um símbolo supremacista, de ódio.
“Estupefatos, tomamos notícia do gesto do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República durante sessão no Senado Federal. Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com 3 dedos retos em forma de ‘W’, o gesto transformou-se em um símbolo de ódio”, escreve a entidade em seu perfil oficial.