Daniel Cara tem conta suspensa no Twitter após denunciar "gestão genocida" de Bolsonaro

"A gestão genocida da pandemia se tornou um instrumento político", escreveu o professor na rede social antes da suspensão

Foto: Divulgação
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O professor e ativista da educação Daniel Cara teve a conta suspensa no Twitter na madrugada desta terça-feira (16) após fazer críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Em tuíte, Daniel denunciou a “gestão genocida” do presidente na pandemia do coronavírus.

“Jair Bolsonaro busca o caos. O caos é o ambiente ideal para a realização do projeto miliciano de poder. Assim, embora seja desumana, a gestão genocida da pandemia se tornou um instrumento político. Ou seja, o Brasil enfrenta uma sólida articulação entre necropolítica e fascismo”, dizia o comentário do professor na rede social.

A suspensão da conta foi criticada pelo ex-candidato à presidência, Guilherme Boulos (PSOL-SP). "Absurdo! O professor @DanielCara teve sua conta aqui no Twitter suspensa após chamar Bolsonaro de genocida. Estamos juntos, Daniel", comentou.

https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1371841651858141193

Segundo informações do Brasil 247, Daniel fez a postagem no início da madrugada, foi dormir, deu aulas e, às 9h, quando entrou na rede social novamente, deparou-se com a seguinte mensagem: “Sua conta (@DanielCara) está atualmente suspensa. Para obter mais informações, entre em twitter.com”.

Felipe Neto

Nesta segunda-feira (15), o influenciador Felipe Neto foi intimado a prestar depoimento em um inquérito aberto contra ele por “crime contra a segurança nacional”. Segundo ele, o motivo teria sido o fato de ele ter chamado o presidente Jair Bolsonaro de “genocida”, e o procedimento investigatório teria sido aberto a partir de denúncia do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

No Twitter, Lula chamou a intimação de “silenciamento” e acusou a medida de ser uma das “armas do fascismo”. O “crime contra a segurança nacional” está previsto na Lei de Segurança Nacional, criada na ditadura militar para reprimir opositores ao regime.