O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que em 2008 presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ironizou nesta sexta-feira (12) o deputado Eduardo Bolsonaro por uma postagem que mostra o Zé Gotinha, mascote da imunização nacional, segurando uma seringa como se fosse uma arma.
"Depois de sabotar a vacinação e mandar os brasileiros 'enfiarem a máscara no rabo', Eduardo Bolsonaro agora transformou o Zé Gotinha em miliciano", escreveu o psolista.
"Daqui a pouco o Zé Gotinha miliciano vai aparecer no esquema das rachadinhas do Flávio", continuou Freixo.
A postagem de Eduardo Bolsnaro incentivando a vacinação vem após uma cobrança do ex-presidente Lula. Durante entrevista coletiva na quarta-feira (10), o petista criticou o “sumiço” do mascote. “Cadê o Zé Gotinha? Cadê o nosso querido Zé Gotinha? O Bolsonaro mandou embora porque pensou que ele era petista. Não era petista. Ele foi inventado por gente muito importante da saúde sanitária desse país, não teve nada com o PT. Ele era suprapartidário, ele era humanista. E cadê o Zé Gotinha? Acabou”, declarou.
“Nossa arma agora é a vacina!”, escreveu o filho de Bolsonaro. Esse novo lema foi adotado após o discurso de Lula.
Efeito Lula
Desde a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, de anular todas as condenações de Lula, Bolsonaro tem atacado o ex-presidente e buscado responder às críticas do petista. O mandatário até voltou a usar máscara de proteção em cerimônia oficial. Segundo o colunista Tales Faria, do Uol, Bolsonaro teria entrado “em pânico” após o discurso de São Bernardo.
Na live semanal realizada na quinta-feira (12), ele se referiu a Lula como “carniça” e apresentou live com um globo terrestre para “provar” que não é terraplanista.