Nesta segunda-feira (29), o termo "Rita Lee" foi para a lista de assunto mais comentados do Twitter no Brasil. Outro termo que consta nesta lista é "Aristides". Qual, afinal, é a relação entre essas postagens?
O termo "Aristides" ganhou repercussão pois a mulher que teria xingado Jair Bolsonaro neste domingo (28), quando o presidente acenava para motoristas na Via Dutra, teria o chamado de "noivinha do Aristides", segundo informações que passaram a circular nas redes sociais. A mulher chegou a ser detida pelo fato e, após a repercussão, negou que tivesse falado em "Aristides".
O “sargento” Aristides, por sua vez, teria sido instrutor de judô à época em que Jair Bolsonaro cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), também de acordo com informações que passaram a circular nas redes.
Segundo Toni Bulhões, a revelação teria feita sido por Jarbas Passarinho, que foi ministro durante a Ditadura Militar e, como senador já na República, desprezava Bolsonaro.
“Aristides era o sargento em cuja cama, segundo Jarbas Passarinho, o então tenente ia chorar as mágoas, nas noites quentes de verão dos aquartelados”, diz o tuíte.
Em nota divulgada pelos advogados Marcello Martins dos Santos e Luiz Augusto Guimarães à coluna Painel, da Folha nesta terça-feira (30), a mulher que foi alvo de pedido de detenção por parte do presidente afirma que não usou em nenhum momento a expressão "noivinha do Aristides".
E qual a relação de Rita Lee com isso?
A partir das insinuações sobre Bolsonaro e "Aristides", internautas resgataram uma postagem feita pela cantora Rita Lee em 2011 em que dizia, em tom de ironia, que teve um "caso" com o presidente.
"Bolsonaro e eu tivemos um caso. Ele não era muito chegado na coisa, se é que me entendem. Terminamos porque ‘Bolsinho’ tava de olho num colega de classe", diz a publicação, que já havia voltado a circular durante a campanha nas eleições de 2018.
A publicação de Rita Lee fazia parte de uma sequência de postagens da cantora debochando de Bolsonaro. As postagens, no entanto, se tratavam de uma brincadeira da artista.
Em 2018, o site Boatos chegou a esclarecer a história. "O primeiro ponto que denuncia a farsa é cronológico. Rita Lee nasceu em 31 de dezembro de 1947 em São Paulo. Até o início dos Mutantes (quando ela tinha 18 anos), ela viveu na capital paulista e estudou no Liceu Pasteur (colégio de gente rica). Quando Rita Lee já estava nos Mutantes, Bolsonaro tinha 11 anos e morava no interior de São Paulo. Aos 18, ele entrou na Escola de Cadetes", diz um trecho da matéria.
"A 'série' sobre Bolsonaro foi motivada por polêmicas causadas pelo político durante uma entrevista para o programa CQC (extinto em 2015) em 2011. Logo após ele ter dado uma resposta supostamente racista à cantora Preta Gil, Rita Lee fez as publicações. Em 2013, muitas dessas publicações (que incluíam polêmicas com a Globo, Corinthians etc) viraram um livro em parceria com a cartunista Laerte", prossegue o Boatos, que enfatiza que as postagens de Rita Lee se tratavam de uma fanfic.
Confira abaixo parte da repercussão nas redes
Atualização no dia 30/11