O presidente do Tribuna Superior Eleitoral (TSE) e membro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso passou a sofrer ataques de bolsonaristas nas redes, neste sábado (13), após indicar como leitura, em sua conta do Twitter, o livro “A Máquina do Ódio”, da jornalista da Folha Patrícia Campos Mello.
Prêmio Jabuti
A jornalista também tem sofrido ataques, alguns extremamente grosseiros e sexistas. “A Máquina do Ódio” acaba de ser indicado na categoria Biografia, Documentário e Reportagem para o prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional.
Ela é a responsável pela denúncia, durante as eleições de 2018, do financiamento de disparos coordenados de mensagens de WhatsApp e notícias falsas na campanha do então candidato Jair Bolsonaro.
Ironicamente, os ataques contra a jornalista e o ministro fazem parte do mesmo esquema que ela denuncia em seu livro. Após a vitória nas urnas, varias denúncias na imprensa dão conta que o sistema de ataques passou a ser coordenado de dentro do Palácio do Planalto pelo próprio filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), no que se convencionou chamar de “gabinete do ódio”.
Eduardo Bolsonaro condenado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi condenado a pagar uma indenização de R$ 30 mil por danos morais a Patrícia Campos Mello.
A ação foi movida pela jornalista após o parlamentar dizer em live, transmitida em maio de 2020 no canal “Terça Livre”, que Patrícia “tentava seduzir [fontes] para obter informações que fossem prejudiciais ao presidente Jair Bolsonaro”.
Segundo informações do portal Jota, a defesa de Campos Mello também alegou que o deputado já havia feito a mesma acusação contra a jornalista em 2018.