O jornalista bolsonarista Augusto Nunes defendeu no programa Direto ao Ponto, da rádio Jovem Pan, o direito de ser fascista. “Digamos que o sujeito defenda o fascismo. Ele pode, ele pode defender da mesma forma que o Partido Comunista pode defender o comunismo”, disse.
Nunes comparou o fascismo que, ao lado do nazismo, perpetrou crimes contra a humanidade, com os partidos comunistas atuais. De acordo com ele, “os dois (fascismo e comunismo) são contra a democracia. Aí você pega e acusa alguém de fascista e estigmatiza. No comunismo o sujeito quer a ditadura do proletariado. Tá escrito no programa, ele diz isso. Mas aí não é ameaça à democracia, esse é que é o problema”.
“Está escrito ali que não existe crime comprometido com palavras. Está escrito na Constituição. Ignoram essa verdade eterna países como Cuba, Venezuela, você não tem crítica nenhuma a esses países por parte dos que acham que é possível prender alguém por crime de pensamento. Não existe o crime de pensamento, não existe. Esta é uma verdade absoluta. Não existe”, afirmou.
“Eu posso dizer o que quero e você pode retrucar dizendo o contrário no mesmo tom e ponto final. É o convívio dos contrários. Como é que você acha que os jornalistas justificam isso? E isso aí, não sabemos”, encerrou.
A explanação anacrônica e duvidosa de Augusto Nunes foi parar nos TTs. Bolsonaristas, entre eles o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), consideraram a fala do jornalista “uma aula”.