Na última semana, o grupo Esquerda compra da Esquerda (ECDE), ultrapassou a marca de 100 mil membros no Facebook. A iniciativa, lançada em outubro de 2020, faz sucesso entre pessoas identificadas com o campo progressista e promove uma experiência virtual de economia solidária.
Com 105 mil pessoas, o ECDE extrapolou os limites da plataforma e criou um site próprio. No portal há um fórum virtual, anúncios dos membros, mensagens de figuras da esquerda e citações de intelectuais progressistas.
Entre as mensagens que aparecem na aba "Nossa Gente", uma é da fundadora do grupo, Erica Caminha. "Uma plataforma digital para servir de guia de compras e serviços de progressistas para progressistas é até uma questão de amor próprio, quiçá sobrevivência. Como gastar nosso dinheiro com quem apoia quem disse que quer nos metralhar", diz Erica na mensagem.
Outra pessoa que aparece na aba é a professora universitária e blogueira Lola Aronovich. "Seu projeto é muito bom, não deixe ninguém destruí-lo", afirma ela.
Em entrevista ao Opera Mundi, Caminha conta que nunca imaginou "que um projeto, que começou como algo pessoal, pudesse ajudar tantas pessoas". "As pessoas estão conseguindo pagar suas contas, colocar comida na mesa e estão se sentindo reconhecidas pelo seu trabalho. E isso é muito importante. Tem que continuar a crescer e virar uma sociedade alternativa. Eu pelo menos vejo assim, como um bloco econômico", celebra.
Dentro da comunidade virtual, os anúncios são separados em produtos, serviços, alimentos e bebidas, vestuários e acessórios, arte, saúde, turismo e outras categorias. Além disso, há um trabalho intenso de moderação para evitar "infiltrados que possam prejudicar o movimento". Cerca de 30 mil pessoas estariam "na fila" para se juntar ao grupo.
Segundo Caminha, em breve o ECDE deve lançar um canal no YouTube para veicular os anúncios, a ECDEtv.
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Confira aqui a reportagem do Opera Mundi