Internautas foram rápidos, nesta sexta-feira (28), para resgatar e expor fotos da família presidencial com o pastor Everaldo Dias Pereira, presidente do PSC, ex-partido de Jair Bolsonaro, que foi preso pela manhã após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O primeiro fato pós-prisão a ganhar destaque foi a cerimônia de batismo de Bolsonaro encampada por Everaldo nas águas do rio Jordão, no nordeste de Israel, em 2016. À época, o atual presidente e então deputado federal havia acabado de se filiar ao partido do pastor.
Em meio a inúmeros outros fatos da relação entre Bolsonaro e Everaldo, ganhou destaque também uma postagem do deputado Eduardo Bolsonaro, de 2015, em que afirma que o atual presidente estaria em um "namoro hétero" com o PSC do pastor preso. Tanto Bolsonaro quanto seus filhos têm fixação por expressões que envolvem "sexo", "namoro" e "casamento", mas sempre tentando manter a postura moralista de tentar deixar claro que não são homossexuais.
"DepBolsonaro num namoro hétero com o PSC do Pastor Everaldo", diz a postagem de Eduardo Bolsonaro de 30 de junho de 2015.
Os usuários das redes sociais não perdoaram e trouxeram a postagem novamente à tona, e a encheram de comentários ironizando a relação dos políticos.
"Já vão agendando a visita íntima hétero", provocou um internauta. "A Terra plana não gira! ELA CAPOTA, MEUS AMIGOS!!!!", postou outro.
Bolsonaro, Everaldo e Witzel
Bolsonaro filiou-se ao PSC em março de 2016, dois meses antes de ser batizado em Israel. O partido, inclusive, foi o responsável por apresentar o ex-capitão como pré-candidato à Presidência da República para 2018. “Recebo a indicação como pré-candidato à Presidência da República pelo PSC como missão. Vamos afinar o discurso, mas pode ter certeza que o direcionamento será para a direita”, disse Bolsonaro, na época.
Ex-deputado, Everaldo é pastor na Igreja Assembleia de Deus e tem um longo histórico de relação com o clã Bolsonaro, mas virou desafeto após o rompimento de relações entre o presidente e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Em junho deste ano, o pastor chegou a afirmar ter “fé plena” que o governador se livraria do processo de impeachment. Witzel, no entanto, acabou afastado do cargo nesta sexta por decisão do STJ. O Tribunal também deu ordens de busca e apreensão na sede do governo do Rio e em estabelecimentos ligados à primeira-dama do Estado, Helena Witzel.