A ex-presidenta Dilma Rousseff demonstrou seu apoio à greve dos entregadores de aplicativo por meio do Twitter, nesta quarta-feira (1º). Além de reforçar a importância do movimento, ela criticou as empresas de delivery e as condições de trabalho às quais os trabalhadores estão submetidos.
Dilma chamou o regime de trabalho dos entregadores de "nova forma de servidão" e comentou que a paralisação abrange pelo menos 14 capitais e grandes cidades. "Não são trabalhadores formais, porque não têm nenhum direito trabalhista, e não são empreendedores, porque nada possuem além de suas motos e bicicletas, que muitas vezes são alugadas", comentou.
A ex-presidenta ainda ressaltou que os entregadores trabalham 12 horas por dia para receber menos de R$ 1.000 reais por mês, e não têm garantia de nenhum direito essencial.
"As companhias que controlam o setor aumentaram seus lucros em 85%, enquanto os entregadores perderam renda, pela concorrência excessiva, e hoje se arriscam o tempo todo à contaminação pelo coronavírus", escreveu.
Dilma ainda considerou a exploração análoga à escravidão e disse que a "barbárie em nosso país está solta e sem nenhum controle".
Os entregadores se mobilizaram nesta quarta-feira (1º) em uma paralisação nacional para pedir por melhores condições de trabalho, pedindo apoio da população na divulgação do movimento e boicote aos aplicativos.
Confira a movimentação: