Seguindo as iniciativas de outros artistas, o ator Fábio Assunção cedeu seu instagram à cantora e ativista Preta Ferreira. O perfil de Fábio tem 2,4 milhões de seguidores e Preta ocupará o espaço por uma semana. O ator Paulo Gustavo também aderiu à iniciativa, cedendo sua conta à escritora Djamila Ribeiro.
"Eu sou Janice, mais conhecida como Preta Ferreira!
Pelos próximos 7 dias, produzirei todo conteúdo aqui no perfil do meu amigo Fabio Assunção e para começar, vou te contar um pouco de mim... já cantei muito para as flores quando criança, sabe porque? Por que desde criança quem tá na minha cor aprende que não seremos ouvidos. Sou baiana, cheguei em SP adolescente e junto com a minha mãe e o movimento de moradia aprendi que existe luta para que a gente seja mais ouvido e mais visto. Me formei em publicidade mas minha grande paixão é a arte. Produzi filmes, shows, atuei em filmes, clipes e agora gravo meu primeiro álbum"escreveu Preta.
Preta relembra sua prisão, que aconteceu em 2019: "Ano passado fui presa injustamente, sem provas, assim como 70% por cento da população carcerária atualmente presa hoje, somos pretas, mulheres e que o estado nos tomou antes mesmo das acusações ir a julgamento. Por causa disso conheci a Ângela Davis", disse Preta sobre seu encontro com a ativista estadunidense, que foi até sua casa quando ela ainda estava proibida de sair depois das 22h.
"Então para começar isso tudo por aqui, aconselho escutar meu single 'Minha Carne' no Spotify ou YouTube, e também procurar saber quem é Ângela Davis, caso não saiba", aconselhou ela.
E lembrou: "Não esqueça de me seguir nas redes, este é o ideal da iniciativa: ampliar vozes Pretas! Amplie a minha seguindo o meu perfil: @preferreira ??
O mês de junho começou com grandes questionamentos sobre a pauta racial, muito influenciados onda de protestos nos Estados Unidos em razão da morte de George Floyd e protestos antifascistas contra Jair Bolsonaro. Apesar da pandemia, as operações policiais no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, tem continuado e feito mais jovens negros vítimas da violência policial. A pauta antirracista logo se unificou com a antifascista. O ato de domingo (7) levou mais de 3 mil pessoas sob a pauta antirracista ao Largo da Batata, em São Paulo.
Veja o post: