Criado para organizar festas secretas e clandestinas em meio à pandemia do coronavírus, o aplicativo Vybe Togheter, que estava em funcionamento nos Estados Unidos, foi removido esta semana da App Store, da Apple.
No país, as restrições impostas contra o coronavírus permitem encontros sociais com um número máximo de 10 pessoas e, por isso, boa parte das festas com grandes aglomerações que vêm sendo promovidas eram organizadas e divulgadas através da aplicação, já que, pela maneira como funcionava, "selecionava" quem poderia fazer parte dos eventos ou não.
Para utilizar o app, os interessados deveriam manifestar interesse através das redes sociais da Vybe Togheter, enviando fotos de suas festas, antes de serem "aprovados". Uma vez autorizados a usarem o aplicativo, os usuários podiam se inscrever para participar das festas e eram avisados sobre o horário e local apenas duas horas antes dos eventos.
“Get your rebel on. Get your party on” - "Seja rebelde, comece sua festa" (em tradução livre), diz o slogan do aplicativo.
Apesar de ter sido banido pela Apple e também pela rede social Tik Tok, o Vybe Togheter desafiou a punição através de uma mensagem deixada em seu perfil no Instagram: "Voltaremos".
"Covid Fest" no Brasil
Apesar do Brasil estar atrasado com relação a outros países no âmbito da vacinação e os números mostrarem que os contágios e as mortes por coronavírus estão em franca ascensão, boa parte dos brasileiros resolveu tirar uma “folga” do vírus e aproveitar o recesso de final de ano como se nada estivesse acontecendo. Um dos exemplos mais notórios e que tem causado polêmica é a festa promovida pelo jogador Neymar em sua mansão, em Mangaratiba (RJ), para 150 pessoas.
Com o objetivo de denunciar e expor essas aglomerações, foi criado no Twitter, esta semana, um perfil colaborativo chamado “Brazil Covid Fest”. A página tenta compilar flagrantes enviados pelos internautas de desrespeito às regras sanitárias contra a Covid-19 Brasil afora.
Entre as situações expostas pelo perfil, estão festas lotadas em Trancoso (BA), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), entre outras cidades.
“Segue a gente, é contagiante”, ironiza a página. Em um dos vídeos postados, uma mulher em uma festa lotada debocha do vírus: “É só me intubar, porra!”. O local do evento em questão não foi divulgado.