Família de Eduardo Moreira sofre assédio nas redes após sua entrada na lista de “detratores de Bolsonaro”

O dossiê feito por agência que atende o governo divide 81 pessoas como “detratores”, “neutros informativos” e “favoráveis”

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O economista Eduardo Moreira afirma em sua conta do Twitter, nesta quinta-feira (3), que após integrar a lista dos detratores do governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), a sua família toda passou a receber mensagens com pedido de dinheiro e assédio moral.

Moreira diz ainda que, “para os que achavam que a lista era bobagem e não daria em nada, tá aí...”.

https://twitter.com/eduardomoreira/status/1334559472451264525

“Minha família toda (incluindo tios e tias) recebendo mensagens hoje com pedido de dinheiro e assédio moral. Um dia depois da divulgação da lista dos detratores e do meu engajamento pela CPI. Para os que achavam que a lista era bobagem e não daria em nada, tá aí...”

A divulgação da lista de jornalistas e “formadores de opinião” considerados “detratores” do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) provocou reações da maioria dos retratados. Boa parte deles “celebrou” o fato de estar na lista.

Alguns fizeram postagens sobre o fato, com a preocupação devida especialmente pelo fato de o governo ter acionado uma agência para ficar monitorando suas publicações, numa atitude de “espionagem” ostensiva.

O dossiê divulgado pelo jornalista Rubens Valente, do UOL, divide as 81 pessoas acompanhadas entre “detratores”, “neutros informativos” e “favoráveis”. O levantamento analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes. O documento foi produzido pela BR+ Comunicação, que tem um contrato com o Ministério de Ciência e Tecnologia no valor total de R$ 2,7 milhões.