Pivô de diversos vazamentos de declarações de Lula e até mesmo de conversas íntimas da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, o procurador Deltan Dallagnol, que comandou a Lava Jato em Curitiba (PR), entrou com pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir que a defesa do ex-presidente tenha acesso às conversas da Vaza Jato, que estão em poder da Polícia Federal, após autorização do ministro Ricardo Lewandowski.
Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na edição desta quinta-feira (28) da Folha de S.Paulo, a ação é movida por Dallagnol e outros seis colegas que comandaram a Lava Jato, entre eles Januário Paludo, acusado de receber propina do doleiro Dario Messer, e Paula Tessler, que ironizou a morte de Marisa Letícia no grupo de aplicativo dos procuradores da força tarefa.
Na ação junto ao STF, os procuradores alegam que o acesso à defesa da Lula às conversas da Vaza Jato fere o direito que têm à intimidade, privacidade —e é até mesmo uma questão de “segurança para a vida e a integridade física e moral de suas famílias”.