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Um dia após a divulgação da reportagem da Veja em parceria com o The Intercept Brasil, que traz conversas inéditas entre o ministro Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato, a procuradora Monique Cheker voltou, neste sábado (6), a lançar suspeitas sobre os arquivos da série de reportagens que ficou conhecida como Vaza Jato.
Pelo Twitter, sem citar diretamente os vazamentos, Cheker seguiu o discurso de Sérgio Moro e falou sobre edição de mensagens e invasão de dispositivos, sem cravar, no entanto, se os diálogos de fato são autênticos ou não.
"Numa Era em que a única certeza é qual o próximo dispositivo que será invadido; em que editar mensagens e até imagens é mais fácil do que escrever, torna mais importante, pelo menos num contexto de um diálogo minimamente sério, verificarmos a cadeia de veracidade da informação", escreveu a procuradora.
E continuou: "Ou a Cadeia de Custódia da Prova. Edições totais e parciais podem ocorrer. Fumaça ilícita para despistar. Certidão de veracidade ou juramento por quem tem interesse na divulgação da informação não basta. Até porque 'do outro polo' podem fazer o mesmo e só palavras não bastam".Numa Era em que a única certeza é qual o próximo dispositivo que será invadido; em que editar mensagens e até imagens é mais fácil do que escrever, torna mais importante, pelo menos num contexto de um diálogo minimamente sério, verificarmos a cadeia de veracidade da informação.
— Monique Cheker (@MoniqueCheker) 6 de julho de 2019
A procuradora aparece em algumas das conversas que vêm sendo divulgadas. De acordo com os vazamentos, em 1º de novembro de 2018, uma hora antes de Moro anunciar que tinha aceitado o convite de Jair Bolsonaro para se tornar ministro da Justiça, Monique Cheker escreveu que “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”. Para a procuradora, o movimento do ex-juiz deixava a imagem de que ele estava fazendo uma “escadinha” política com a Lava Jato: “Moro ajudou a derrubar a esquerda, a esposa fez propaganda para Bolsonaro, ele agora assume cargo político. Não podemos olhar como natural”, escreveu.Ou a Cadeia de Custódia da Prova. Edições totais e parciais podem ocorrer. Fumaça ilícita para despistar. Certidão de veracidade ou juramento por quem tem interesse na divulgação da informação não basta. Até porque “do outro polo” podem fazer o mesmo e só palavras não bastam.
— Monique Cheker (@MoniqueCheker) 6 de julho de 2019