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Após ter sido usado pelos investigadores da Lava Jato para incriminar Lula e ver a delação em que cita magistrados engavetada na Procuradoria-Geral da República, o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, enviou carta ao jornal Folha de S.Paulo, divulgada nesta quinta-feira (4), rechaçando a possibilidade de ter adaptado suas declarações para que seu acordo de delação premiada fosse aceito pela Lava Jato.
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"Afirmo categoricamente que nunca mudei ou criei versão, e nunca fui ameaçado ou pressionado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal", diz, em tentativa de manter os privilégios obtidos pela delação.
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A carta foi enviada, depois que a Folha, em parceria com o site The Intercept, divulgou mensagens entre procuradores da Lava Jato que indicam que as declarações de Leo Pinheiro foram tratadas com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações.
As mensagens indicam que Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista.
“Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apt. Guaruja”, escreveu o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes a outros integrantes da equipe que negociou com os advogados da OAS em agosto de 2016, numa discussão sobre a delação no aplicativo Telegram. “Diziam q não tinha crime.”
Carta
Na carta, Leo Pinheiro reforça as teses levantadas por ele contra Lula e diz que não optou pela delação por pressão das autoridades, mas sim como uma forma de "passar a limpo erros". "Não sou mentiroso nem vítima de coação alguma", afirma.
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