O deputado Luís Miranda (DEM-DF) entregou à Polícia Federal prints das conversas por Whatsapp com o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, que segundo ele provam as pressões que o militar estaria sofrendo no comando da pasta.
Em um dos prints, revelado por Igor Gadelha no site Metrópoles nesta quarta-feira (4), Miranda pede proteção a Pazuello horas após se reunir com Jair Bolsonaro (Sem partido) no Planalto no dia 20 de junho. "Cuida de mim, ministro", diz o texto.
Os dois acertavam a viagem no dia seguinte em que o deputado acompanhou o ministro na liberação de vacinas em São Paulo.
Segundo Miranda, foi na viagem que Pazuello relatou a ele que teria "sacanagem tem desde que eu entrei” no Ministério da Saúde.
Em sua página no Facebook, Miranda ainda compartilhou uma foto ao lado de Pazuello no avião da comitiva.
"Pazuello sabe o que falou e não estávamos sozinhos. Mente agora, e pela postura de não sustentar suas próprias falas, deve ter mentido também na aeronave", escreveu.
Depoimento à PF
Em depoimento à Polícia Federal, Miranda disse ainda que Pazuello teria sido pressionado pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para que liberasse mais verbas da área da Saúde para emendas parlamentares de seus aliados.
Pelas redes, Miranda disse ter "imenso respeito" por Lira e que o vídeo do depoimento à PF "é um depoimento prestado à Polícia Federal, onde narro o que ouvi de um ministro de Estado".
"Todas as informações foram pautadas na verdade e é por isso que não temo o conselho de ética e não serei intimidado por qualquer ação. Seguirei com o trabalho a mim confiado pela população: combater a corrupção e trabalhar por uma país mais justo e com mais oportunidades", tuitou.