Chamado de "imoral" por Bolsonaro, Santini é nomeado Secretário Nacional de Justiça

Filho de um ex-general, amigo do presidente desde os anos 70, Vicente Santini, que usou avião da FAB em viagem internacional, fixou tuite em que diz que quer Bolsonaro até 2026

José Vicente Santini e Jair Bolsonaro (Reprodução)
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Chamado por Jair Bolsonaro de "imoral" por usar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), José Vicente Santini, deu mais um salto para cima e foi nomeado Secretário Nacional de Justiça pelo presidente uma semana depois de ser demitido do posto de número dois da Secretaria-Geral da Presidência.

A demissão de Santini aconteceu em janeiro de 2020 após ele usar avião da FAB para se deslocar de Davos, na Suíça, onde ocorreu o Fórum Econômico Mundial, para a Índia com apenas duas assessoras. Com Onyx Lorenzoni de férias, Santini ocupava a condição de ministro em exercício.

Como novo secretário nacional de Justiça, Santini substitui Claudio Panoeiro, que estava no cargo desde junho de 2020. Nas redes sociais, o novo secretário de Justiça fixou um tuite com a hashtag #QueremosBolsonaroAte2026.

https://twitter.com/VicenteSantini/status/1352596220880056324

Amigo próximo de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), José Vicente Santini é filho do ex-general do Exército Nelson Santini Júnior, morto em 2015, amigo de Bolsonaro desde os anos 70, quando se conheceram na escola de artilharia do Exército.

Nelson Santini Júnior também é pai do vereador Nelson Santini Neto, do PSD, em Campinas, no interior paulista. É daí que vem a relação próxima entre Vicente e Nelson, os filhos do general, e Eduardo Bolsonaro.

Conhecido como tenente Santini, pelo tempo que atuou na Rota, Santini é o principal aliado de Bolsonaro na cidade do interior paulista.

Antes de chegar à Secretaria de Justiça, Santini atuou também como assessor de Ricardo Salles, no Ministério do Meio Ambiente.

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