A viagem do vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), e comitiva de ao menos 17 servidores públicos para Angola no final de julho custou cerca de R$ 1 milhão aos cofres do governo federal, segundo informações de Tácio Lonran, no site Metrópoles.
Henrique Rodrigues - Mourão: De general casca-grossa a pau-mandado da Universal
Mesmo sob fritura no Planalto, Mourão foi enviado por Jair Bolsonaro (Sem partido) ao país africano para tentar uma resolução para a crise da Igreja Universal e da TV Record, de Edir Macedo, acusadas de corrupção, entre outros crimes.
De acordo com informações obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) e dados levantados no Painel de Viagens do Ministério da Economia, a comitiva brasileira gastou R$ 441.930,16 em diárias, R$ 609.159,09 em passagens e R$ 20.818,29 com outros gastos, como seguro para viagens.
Os valores não incluem despesas com combustíveis nem com alimentação dos servidores, devido ao sigilo imposto sobre essas informações.
Espiritual e político
Em entrevista à Agência Lusa durante a viagem à Angola, Mourão afirmou que a questão criou um problema “no plano espiritual”, mas também “no plano político” e que, por isso, é preciso procurar “uma pacificação, apesar de não ser um assunto” que envolva diretamente o Governo brasileiro.
“Essa questão da Igreja Universal aqui é uma questão que afeta o Governo e a sociedade brasileira pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui [no Brasil], com um partido que é o Partido Republicano, que representa o pessoal da Igreja”, disse Mourão.