PF pede desmonetização das redes de Bolsonaro e filhos; TSE nega

Polícia Federal diz que Bolsonaro e os filhos propagam mentiras nas redes em um processo de "dupla sustentação" junto com sites aliados que disseminam fake news

Bolsonaro grava com os filhos pronunciamento publicado nas suas redes sobre uso da cloroquina no início da pandemia (Reprodução)Créditos: Twitter
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No mesmo pedido em que solicitou o bloqueio dos repasses a 14 sites bolsonaristas que propagam fake news, a Polícia Federal pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que autorizasse a desmonetização das contas no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube em nome de Jair Bolsonaro e dos seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio.

No entanto, o corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão, negou o pedido em relação ao clã presidencial e parlamentares próximos a ele, como Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ). A informação é da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

O pedido é parte do inquérito que investiga a live feita por Bolsonaro, com retransmissão pela TV Brasil, onde o presidente teria dito que provaria a fraude nas eleições.

No vídeo, no entanto, Bolsonaro só ressaltou que não tinha prova alguma sobre as denúncias que continua a repetir sobre o sistema eleitoral.

No pedido, a PF diz que o presidente e os filhos usam as redes para difusão dos conteúdos sobre fraude eleitoral em um processo de “dupla sustentação” no qual os canais “que repercutem as insinuações ganham com o número de visualizações geradoras da monetização” e a narrativa falsa disseminada sobre as irregularidades se fortalece “pela multiplicidade de canais que reiteram a mensagem”.