Apresentado como "analista de inteligência" na live em que mentiu e não apresentou prova alguma sobre as denúncias de fraudes no sistema eleitoral, o general da reserva Eduardo Gomes da Silva foi promovido por Jair Bolsonaro (Sem partido) para cargo na Secretaria Especial de Modernização do Estado (Seme).
A nomeação foi publicada na edição desta terça-feira (17) do Diário Oficial da União (DOU).
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Ex-assessor especial do Ministério da Casa Civil, Gomes é braço direito de Luiz Eduardo Ramos, que foi deslocado para a secretaria-geral da Presidência para dar lugar a Ciro Nogueira, presidente do PP, no comando da pasta.
Ramos foi quem escalou o general da reserva para preparar o dossiê que provaria as fraudes nas eleições presidenciais de 2014.
Além de assessor de ministério, Eduardo é coronel da reserva do Exército, tendo se graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negra, instituição onde também estudou Jair Bolsonaro.
“Militante bolsominion”
Pelas redes sociais, o também coronel da reserva Marcelo Pimentel revelou que fez um curso militar com Eduardo Gomes, e que o atual “analista de inteligência” do governo faria postagens pró-Bolsonaro nas redes sociais quando ainda era da ativa.
“O ‘analista de inteligência’ na live é o Cel Eduardo, de artilharia, meu colega no curso de Estado-Maior, 3a + moderno. Na ativa, defendia ostensivamente a candidatura Bols/Mourão nas redes e me destratava qdo eu, na reserva, criticava ativismo político de oficiais na ativa”, escreveu Pimentel.
“Não sei se o Eduardo serviu no CIE ou se tem o curso Avançado de Inteligência, mas como ‘analista’ é um excelente militante ‘bolsominion’ de um Exército cada vez mais… (complete vc, senão posso ser injustamente punido novamente)”, disse ainda o militar.