Destilando ódio contra aqueles que considera como inimigos, Jair Bolsonaro (Sem partido) atacou o senador Otto Alencar (PSD-BA), que contraiu Covid-19 após tomar as duas doses da vacina, em seu discurso após a motociada em Porto Alegre neste sábado (10).
Em guerra com a comissão, Bolsonaro disse que "o problema que passamos no tocante à pandemia está chegando ao fim" e ressaltou que ficará "marcando" o senador, que é médico e tem desmascarado os "especialistas" escalados pelo governo para defender o chamado tratamento precoce a base de cloroquina, que não tem comprovação científica contra a Covid-19.
"Tem agora um elemento - um senador que é um elemento - da CPI que está com Covid. Vou ficar marcando ele. Quero ver se ele vai ficar em casa e esperar sentir falta de ar para procurar um médico e tomar cloroquina e hidroxicloroquina", afirmou.
Bolsonaro voltou a mentir dizendo que há "estudos no mundo avançado" que mostram redução "em 60% dos óbitos, que poderiam ser evitados se fosse administrado o tratamento precoce".
"Sobre essa pandemia, eu acertei. Acertei porque não veio da minha cabeça. Veio da cabeça de pessoas maravilhosas que estavam ao meu lado, entre eles ministros e secretários, bem como falei com embaixadores de quase todo mundo, os nossos, e fomos buscar o que apresentaram em outros países. Apresentamentos aquilo que era possível naquele momento. E tenho certeza e a consciência tranquila que dei o melhor de mim", disse.
Bolsonaro ainda sinalizou que fará defesa de Eduardo Pazuello e Elcio Franco, militares que estiveram à frente do ministério da Saúde na época em que pairam as suspeitas de corrupção. "Eu sou o responsável por tudo que acontece ou deixa de acontecer em meu ministério".