Atual chefe de gabinete do ministro Luiz Eduardo Ramos, Carolina Gaia e Silva teria sido responsável pelo vazamento de uma informação do aparelho celular do ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, general Carlos Alberto Santos Cruz, ao blogueiro Allan dos Santos.
A informação e um print da conversa via whatsapp entre a assessora e o blogueiro constam no relatório da Polícia Federal sobre o inquérito das fake news, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal.
Na conversa, Carolina fornece dados pessoais para comprovar que é assessora do general, que foi exonerado após atrito com os filhos de Jair Bolsonaro e suposta interferência em áreas como a Secom, dominada por Carlos Bolsonaro.
“O que eu fiz, fiz pelo meu país. Não concordo com as ações que vêm sendo tomadas pelo ministro e por alguns militares do governo, de clara sabotagem e traição. Eu te procurei porque tenho certeza que você terá coragem de publicar a história correta e resgatar a verdade sobre isso. Procure o Fábio [Wajngarten] da Secom, ele sabe da história, pode falar sobre mim (só com ele)”, escreveu Carolina, que diz ter obtido as imagens a partir do celular do coronel Varêda, chefe de gabinete de Santos Cruz, ‘em um momento de distração dele’.
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Segundo ela, Wajngarten "levou ao conhecimento" de Bolsonaro as mensagens de Santos Cruz, mas o presidente "infelizmente não teve a coragem de fazer o certo" e exonerar Santos Cruz.
Allan dos Santos, então, teria repassado o material a Eduardo Bolsonaro, que respondeu com um emoji.
Santos Cruz foi demitido após mensagens atribuídas a ele com críticas aos filhos do presidente. Foi constatado, no entanto, que as mensagens eram falsas.
Em nota ao Estadão, Carolina diz que "não reconhece as mensagens atribuídas a ela, supostamente extraídas do celular do blogueiro Allan dos Santos". Segundo o jornal, após demissão de Santos Cruz, ela teve uma "trajetória ascendente" no governo.