O governo Jair Bolsonaro (sem partido) "demandou, e aguarda, explicações" do Youtube sobre a remoção da plataforma do canal Terça Livre, que pertence a Allan dos Santos, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos principais comandantes da milícia virtual que propaga discurso de ódio e fake news pró-Bolsonaro nas redes sociais.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (8) pelo assessor especial para assuntos internacionais de Bolsonaro, o olavista Filipe Martins.
Em publicação no Twitter, Martins afirma que a remoção do canal bolsonarista pela empresa privada causa danos à democracia, "gerando distorções no debate público".
"Ao banir o Terça Livre do YouTube, o Google não causa danos apenas aos proprietários e telespectadores do canal, mas também à democracia brasileira, gerando distorções no debate público e violando garantias constitucionais. O Governo demandou, e aguarda, explicações da empresa", diz o tuíte.
Em comentário, um apoiador que se denomina Capitão Eduardo e se classifica como militar sugere o bloqueio da plataforma no país, aos moldes do que acontece atualmente em Myanmar, quando os militares deram um golpe de estado.
"Ao banir o canal Terça Livre do Jornalista e Amigo, Allan dos Santos, o YouTube censurou uma voz e mostrou um sinal de um precedente perigoso que vem ganhando forma. É preciso conter este Monstro. Nem que venhamos a aplicar Multas, a essas empresas privadas ou plataformas. Ou possamos usar o embasamento da lei para puni-las e bloqueá-las", diz.