Bolsonaro apoia proposta que altera Lei da Improbidade para permitir nepotismo

Bolsonaro, que afirmou já ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o assunto alega que a atual legislação "engessa o prefeito", embora admita que "tem muita lei do passado que realmente é para combater a corrupção

Eduardo, Renan, Carlos e Flávio com o pai, Jair Bolsonaro (Reprodução)Créditos: Flickr/Família Bolsonaro
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Após a tentativa frustrada de colocar o filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), como embaixador do Brasil em Washington ainda no primeiro ano de mandato, Jair Bolsonaro (Sem Partido) firmou apoio à proposta conduzida por parlamentares da base governista de promover alterações na Lei da Improbidade, para permitir o nepotismo.

Bolsonaro, que afirmou já ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o assunto alega que a atual legislação "engessa o prefeito", embora admita que "tem muita lei do passado que realmente é para combater a corrupção e etc".

“É muita burocracia. Tem muita lei do passado que realmente é para combater a corrupção e etc., mas engessa o prefeito. Muitos aí respondem por 20 anos de improbidade administrativa. Alguma coisa vai ser mudada, pode deixar”, afirmou Bolsonaro a um apoiador que reclamou de medidas tomadas pelo prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD), nesta terça-feira (23).

"Mais bem servido"
Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR) defendeu em entrevista ao Estadão a contratação de parentes de políticos para cargos públicos.

“O poder público poderia estar mais bem servido, eventualmente, com um parente qualificado do que com um não parente desqualificado. Só porque a pessoa é parente, então, é pior do que outro? O cara não pode ser onerado por ser parente. Se a pessoa está no cargo para o qual tem qualificação profissional, é formada e pode desempenhar bem, qual é o problema?”, afirmou Barros, que nomeou 13 parentes em gabinetes da família no tempo em que era deputado.