Bolsonaro dá calote e Brasil pode perder direito a voto na FAO

Desde que chegou ao Planalto, Bolsonaro ignorou fundo da ONU para combate à fome, que foi presidido por José Graziano, ex-ministro do governo Lula. Dívida do Brasil chega a R$ 296,5 milhões.

Jair Bolsonaro dirige ônibus elétrico (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)
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A credibilidade do Brasil junto ao mundo vai se esvaindo cada vez mais sob o comando de Jair Bolsonaro (Sem partido), que deu um calote na FAO, fundo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

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Um dos principais organismos multilaterais para o combate à fome no mundo, a FAO foi presidida pelo brasileiro José Graziano, ex-ministro do governo Lula, entre 2012 e 2019.

No entanto, Bolsonaro ignorou a FAO desde que chegou ao Planalto e iniciou o calote do governo brasileiro está prestes a perder seu direito a voto, segundo Jamil Chade, em sua coluna no portal Uol desta terça-feira (30).

O calote aconteceu ao mesmo tempo em que a política econômica capitaneada por Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, jogou milhares de brasileiros de volta ao Mapa da Fome.

Segundo dados da FAO, atualmente 24% dos brasileiros vivem um estágio de fome moderada, enquanto 8% atravessam uma situação de fome severa. Antes da pandemia, no início do governo Bolsonaro, a taxa era de apenas 2,5%.

A dívida do Brasil junto à FAO chega a US$ 9,8 milhões e 5,5 milhões de euros, relativos ao ano de 2021. O país deve ainda igual valor pelo ano de 2020 e outros US$ 2,5 milhões e 7,1 milhões de euros, sobre o orçamento de 2019.

Somando todos os anos relatados no documento da FAO cobrando o governo, a dívida chega a US$ 26 milhões e 23,8 milhões de euros. Juntos, isso equivaleria a R$ 296,5 milhões.