Espécie de novo Fabrício Queiroz, ex-PM que atuou junto ao clã Bolsonaro e seria um dos responsáveis pelo esquema de rachadinha, Max Guilherme Machado de Moura, assessor especial de Jair Bolsonaro (Sem partido), reivindica na justiça a autoria do assassinato do traficante Gilson Ramos da Silva, o Aritana, morto em março de 2006 aos 22 anos de idade em ação do Bope no morro do São Carlos, Região Central do Rio.
Leia também: Assessor de Bolsonaro usa criança para atacar Lula e o PT
"Aduz que no dia 17 de março de 2006 participou de uma operação policial extraordinária, amplamente divulgada na mídia, que culminou na morte do traficante conhecido pelo vuldo de "Aritana". Aduz que houve enfrentamente, do qual o ora autor participou", diz documento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro obtido pelo site Metrópoles.
Na ação, o assessor de Bolsonaro, que atuou como policial militar do Bope disse que seu nome não consta no Boletim de Ocorrência e que "tal equívoco prejudicou consideravelmente o ora autor, dada a relevância da promoção em sua carreira. Que, em virtude disso, manejou o requerimento administrativo para sua promoção por bravura, junto ao comando, mas mesmo assim, não obteve deferimento”.
Em 2011, por moção do vereador Jorge Manaia, então no PDT e que disputou a eleição 2020 pelo PP, Max Guilherme foi homenageado por participar junto à "Tropa de Elite" em "acontecimentos que comoveram toda população brasileira e que ganharam grande repercussão internacional, como as Ocupações do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro".
"É com grande satisfação que venho prestar esta justa homenagem, em nome da Cidade do Rio de Janeiro, a este Honrado Policial Militar da nossa Tropa de Elite pelos inestimáveis serviços prestados em prol de toda a nossa população", diz o texto de 15 de fevereiro de 2011 atribuído ao vereador.
Assessor da presidência quer se lançar como "Max Bolsonaro" em 2022
Sombra do presidente até mesmo nas viagens internacionais, como a que levou uma comitiva para turismo em Dubai neste mês, Max Guilherme busca cada vez mais visibilidade para se candidatar a deputado federal em 2022.
Próximo dos filhos do presidente e do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), o assessor pretende se lançar na política com a alcunha de Max Bolsonaro para buscar votos do clã no Rio de Janeiro.
Max Guilherme assumiu como assessor especial de Bolsonaro no dia 5 de fevereiro de 2019 e tem até agenda oficial no site da Presidência da República - quase sempre preenchida com a função de "acompnhar o presidente".
Em agosto, segundo o Portal Transparência, ele teve um salário bruto de R$ 8,174,03.