Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares nomeado por Jair Bolsonaro, voltou a usar as redes sociais para publicar absurdos, como de hábito. Nesta quinta-feira (21), ele postou um tuite se intitulando “Black Ustra”, em referência ao torturador sangrento Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel e ex-chefe do DOI-Codi na época da ditadura militar.
A mensagem completa dizia: “Vou torturar sim, já que não posso nomear. Black Ustra!”.
Em seguida, Camargo deletou a postagem e disse: “Em respeito à memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, retirei a postagem jocosa”.
O presidente da Fundação Palmares se referiu, no primeiro post, à decisão da Justiça do Trabalho, tomada no dia 11 de outubro, que o retirou do cargo de gestão dos funcionários da entidade por assédio moral, perseguição ideológica e discriminação.
Com isso, Camargo ficou proibido de nomear, transferir, demitir, afastar ou contratar servidores públicos da fundação, incluindo comissionados, civis, militares ou cedidos à instituição.
Homem que destrói livros
Após seu afastamento, Camargo anunciou que iria recolocar na presidência da instituição o coordenador-geral do CNIRC – área de pesquisa e produção de cultura -, Marcos Frenette, o “homem branco que destrói livros”.
“Ele voltará! Marco Frenette, ‘o homem branco que destrói livros’, segundo a mídia esquerdopata, presidirá a Palmares nas minhas férias, a partir de amanhã”, tuitou Camargo.
A ironia do agora afastado presidente da Fundação Palmares tem origem em um artigo do Blog do Rovai na Fórum, que revela o passado “comunista” de Frenette, que na instituição tentou promover uma “queima” de pelo menos 5.300 livros, folhetos ou catálogos do acervo da fundação por serem considerados, pela comissão analisadora, de caráter alheio ao escopo do órgão e apresentarem ideologia marxista.
Com informações do Poder360