Relegado na era PT, Cacique Cobra Coral é chamado às pressas por ministro de Bolsonaro: "Faça chover"

“É a data-limite. Alguma coisa tinha que ser feita com urgência”, disse Osmar Santos, porta-voz da médium que incorpora a entidade. Convocação foi feita pelo almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia

Jair Bolsonaro e Bento Albuquerque (Foto: MME)
Escrito en POLÍTICA el

Após ganhar notoriedade nos anos 90, durante os governos FHC, e relegado na era Lula/PT, o Cacique Cobra Coral, entidade invocada pela fundação que leva seu nome para controlar as chuvas, voltou ao Planalto às pressas a pedido do ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque.

Leia também: Fundação Cacique Cobra Coral afirma ter sido chamada para ajudar a desencalhar navio no Canal de Suez

Segundo informações de Cleo Guimarães na revista Veja, Osmar Santos, porta-voz de Adelaide Scritori, médium que incorpora o cacique, o ministro militar determinou à entidade: "Faça chover!".

A reunião teria acontecido nesta quinta-feira (14). Em agosto, quando o país já estava em plena crise hídrica, a Fundação diz ter enviado ao governo Jair Bolsonaro (Sem partido) um alerta sobre riscos de apagão a partir deste sábado (16).

“É a data-limite. Alguma coisa tinha que ser feita com urgência”, disse Osmar, ressaltando a importância do encontro para por fim à crise hídrica vivida pelo país em decorrência da falta de chuva nos reservatórios das hidrelétricas.

A Fundação garante que a intervenção do "cacique" trará resultados a partir de novembro, quando as chuvas devem cair sobre Minas Gerais e o sul do país.

A fundação também já estaria articulando um encontro com o governador paulista João Doria (PSDB) para acabar com a estiagem no estado.

Posse

O último trabalho realizado pela fundação junto ao governo federal foi na posse de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, quando teria impedido a chuva durante o evento.

“Apesar de o dia ter amanhecido chuvoso, começou a melhorar após as 13h e foi abrindo. Por onde o presidente e a comitiva passavam, o tempo ia abrindo e permaneceu firme”, disse à época Osmar Santos.