Responsável pelos casos que têm o clã Bolsonaro como alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes não pretende dar trégua aos ataques recorrentes que sofreu da milícia virtual antes do silêncio do presidente com o pacto firmado no 7 de Setembro.
VÍDEO: Otoni de Paula diz que orou pela PF e chama Moraes de “tirano ministro”
Um dos deputados mais alinhados com Jair Bolsonaro, Otoni de Paula (PSC-RJ) é o próximo alvo.
Conenado pelo Trubunal de Justiça de São Paulo por ter se referido ao ministro como "cabeça de ovo" e "esgoto", Otoni terá que pagar "imediatamente" a indenização no valor de R$ 69.272,81 ao ministro.
Segundo a coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, Moraes entrou com cobrança imediata do deputado logo após o acórdão feito na 5ª Câmara de Direito Privado fixando a indenização em R$ 50 mil.
Os valores acidionais são juros, correção monetária, custas judiciais e honorários advocatícios devidos por Otoni.
Busca e apreensão
Otoni de Paula foi alvo de uma ação de busca e apreensão no dia 20 de agosto. Ao ter sua casa ocupada pela Polícia Federal, que cumpriam ordens de Moraes, o deputado gravou um vídeo em que voltou a atacar o ministro.
O deputado bolsonarista ainda afirmou que não vai “recuar um milímetro”. “Eu quero dizer uma coisa ao povo brasileiro e aos repórteres: eu não vou recuar um milímetro, um milímetro. Fica nervosa não esposa”, completou.
Otoni, que é investigado junto com o cantor Sérgio Reis pela articulação de atos antidemocráticos no 7 de Setembro, atacou Moraes chamando-o de “tirano ministro”.