Jair Bolsonaro (Sem partido) mentiu nesta quarta-feira (13) ao afirmar durante discurso em Miracatu, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, sobre a declaração do arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, que disse que para ser “pátria amada não pode ser pátria armada” em homilia no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida na manhã desta terça-feira (12).
Em seu discurso, o presidente disse que dom Orlando havia feito a afirmação na segunda-feira (11) em Brasília e que "a imprensa, em especial O Globo, disse que ele teria falado isso no dia 12".
Ao falar sobre o assunto, Bolsonaro ainda sinalizou que só não debateu sobre o desarmamento com o bispo "porque eu não tinha microfone".
"No dia 11, em Brasília, o bispo disse, no dia 11 que 'pátria amada não é pátria armada'. Respeito a opinião dele. Somente no dia seguinte, quando estive em Aparecida, a imprensa, em especial O Globo, disse que ele teria falado isso no dia 12. Ele não falou. É uma pessoa educada. Não íamos discutir abertamente ali, até porque eu não tinha microfone, não tinha como discutir, era apenas ele, esse assunto", afirmou.
O presidente disse que "respeita" a posição diferente da dele defendida pelo bispo e voltou a falar em "comunismo" para pregar a liberação das armas.
"Respeito os bispos, respeito a todos que tenham uma posição diferente da minha. Não é porque eu não quero uma coisa eu acho que ninguém pode ter o direito de querê-la. Nós demos nos preocupar com a nossa liberdade. Não podemos flertar com o socialismo, com o comunismo. Países que fizeram isso, dificilmente voltam à democracia".
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