O governo Jair Bolsonaro planeja financiar o Renda Cidadã, programa criado para substituir o Bolsa Família com boa dose de aspirações eleitoreiras, com limitação dos gastos de precatórios e com recursos do Fundeb (o fundo para educação básica).
Os mecanismos na proposta anunciada nesta segunda-feira (28) receberam críticas e foram vistos como tentativa de driblar o teto de gastos, no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Congresso, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
A solução é encarada como “contabilidade criativa” e uma "pedalada" até entre alguns assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Pela proposta apresentada, o governo federal prevê limitar a 2% da receita corrente líquida o gasto com precatórios (ordem para pagamento de dívidas de órgãos públicos federais). O que sobrasse, até R$ 55 bilhões, seria usado para financiar o Renda Cidadã. Além disso, o governo quer usar 5% dos recursos novos do Fundeb.