Um dia depois de divulgar vídeo declarando que não se fala mais em Renda Brasil - programa que iria substituir o Bolsa Família - em seu governo, Jair Bolsonaro deu aval ao senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do orçamento no Congresso, para a criação de um programa de assistência social no pós pandemia.
"Fui solicitar ao presidente se ele me autorizava colocar dentro do Orçamento a criação de um programa social que possa atender milhões de brasileiros que foram identificados ao longo da pandemia e que estavam fora de qualquer programa assistencial. O presidente me autorizou", afirmou em suas redes sociais Bittar, que se reuniu nesta terça-feira (16) com Bolsonaro e também com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo Bittar, há uma previsão de que no próximo ano 20 milhões de brasileiros vão continuar desempregados e o programa visa atender essa parcela da população.
“O que é fundamental é que, a partir de janeiro, o decreto de calamidade vai ter terminado, mas você tem 20 milhões de brasileiros que vão continuar desempregados. E o Estado precisa deixar esses brasileiros irem dormir no dia 31 de dezembro tranquilos com o programa já criado, garantindo dignidade humana", disse.
Proibido
Em vídeo publicado nas suas redes sociais nesta terça-feira (15), Bolsonaro negou que vá cortar ou congelar aposentadorias para criar o programa Renda Brasil, conforme noticiado por diversos jornais. De acordo com ele, fica proibido até 2022 o uso do termo Renda Brasil. “Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, disse.
Bolsonaro leu diversas manchetes dos principais jornais do país que tratavam sobre o assunto. Ao final, disse que jamais iria tirar “dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos”.