Jair Bolsonaro (Sem Partido) iniciou uma ofensiva para garantir a eleição de seu candidato, Arthur Lira (PP-AL), que deve oficializar nesta quarta-feira (9) seu nome para disputar a presidência da Câmara.
Reportagem de Julia Chaib, Gustavo Uribe e Thiago Resende, na edição desta quarta da Folha de S.Paulo, revela que líderes dos partidos e deputados estão sendo orientados a negociar diretamente com Lira a liberação de recursos de emendas parlamentares que devem ser cobertas pelo Projeto de Lei 30/2020, que abriu crédito de R$ 6,1 bilhão no orçamento.
A maioria dos recursos - 47,2% - estão vinculados ao Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado por Rogério Marinho, que desenvolve projetos e obras nas bases eleitorais dos parlamentares, especialmente no Nordeste.
Os R$ 6,1 bi também estão vinculados aos Ministérios da Infraestrutura (22,7%), Saúde (16,3%), e em menor porcentual às pastas da Agricultura, Economia, Educação, Minas e Energia e Cidadania.
PTB e PROS
A investida para compra de votos para a eleição de Lira na presidência do Congresso se dá principalmente em partidos não alinhados diretamente ao governo, como PTB e PROS.
O PTB, presidido pelo neobolsonrista Roberto Jefferson, já havia aberto mão de apoiar Lira para formar um bloco com PSL e PROS>
Segundo a reportagem, a compra de votos no Congresso começou na votação da Reforma da Previdência, com a liberação de recursos pelo governo sendo feita apenas aos deputados que votam de acordo com a pauta de Bolsonaro.
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