Reportagem de Fernando Scheller e Renée Pereira, na edição desta segunda-feira (12) do jornal O Estado de S.Paulo, revela que Paulo Guedes perdeu definitivamente o status de "superministro" da Economia e já está sendo rifado pelo sistema financeiro, que busca um novo método de impor as políticas neoliberais no governo Jair Bolsonaro.
De acordo com os jornalistas, que ouviram diretores de bancos e pessoas ligadas ao mercado financeiro, a saída de Guedes pode até ser uma "solução" para Bolsonaro, que poderia substituir o ministro por dois nomes que seriam capazes de "empurrar" as políticas neoliberais em conluio com o Congresso.
“Se o Guedes estiver indo embora e o governo disser: estou trazendo dois nomes – um para o ministério e outro para a articulação política – que o mercado veja como capazes de empurrar as reformas administrativa e tributária, além das privatizações, todo mundo vai adorar”, disse um gestor de um fundo de investimento ao Estadão.
O setor bancário resiste em desembarcar do governo por medo de enfrentar a popularidade do presidente, mesmo sabendo que a agenda econômica neoliberal vai atrasar pela prioridade que Bolsonaro dá à política.
“Ninguém, em sã consciência, vai comprar uma briga com um presidente com 40% de popularidade”, afirmou um diretor de um grande banco brasileiro ao jornal.