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A “rigidez” de Jair Bolsonaro, em relação a malfeitos de integrantes do seu governo, parece que não funciona para os amigos dos seus filhos. Vicente Santini, ex-secretário-adjunto da Casa Civil da Presidência da República, que foi exonerado nesta terça (28), por ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Índia, foi nomeado, nesta quarta (29), para outro cargo na Casa Civil.
Amigo de Eduardo Bolsonaro, Santini também fez parte da comitiva do filho do presidente quando ele viajou aos EUA para se reunir por cerca de 30 minutos com Donald Trump e conversar com o “guru” do bolsonarismo, Olavo de Carvalho.
A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, no início da noite, poucas horas após a exoneração. De acordo com o texto, Santini será assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil.
No cargo anterior, o amigo de Eduardo recebia um salário bruto de R$ 17.327,65 mensais. Agora, a remuneração prevista é de R$ 16.944,90 (R$ 382,75 a menos).
"Colaborando"
A Casa Civil, por meio de nota, disse que Bolsonaro e Santini conversaram, e o presidente entendeu que o amigo de Eduardo deve seguir colaborando com o governo.
Para justificar a exoneração, o presidente havia dito que “o que ele [Santini] fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica”, declarou, sem convencer.