Bolsonaro ataca esquerda e diz que se apontarem um lugar que deu certo "eu começo a gritar LL [Lula livre] por aí"

Em discurso com ares ditatoriais, durante ato que prevê a implantação de 216 escolas militares até 2023, Bolsonaro afirmou ainda que vai "impor" a militarização nas escolas públicas

Bolsonaro e Weintraub (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Em cerimônia de forte cunho ideológico nesta quinta-feira (5), que prevê a implantação de 216 escolas militares até 2023, Jair Bolsonaro atacou adversários e disse que se apontarem um lugar onde um governo de esquerda deu certo, ele começa a gritar Lula livre. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém "A esquerda não deu certo em lugar nenhum do mundo. Quando me apontar um lugar que deu certo, me avise que eu mudo. E eu começo a gritar LL por aí (SIC)", afirmou, referindo-se a Lula livre. Bolsonaro afirmou ainda que vai "impor" a militarização nas escolas públicas. "[Se o estudante] não sabe uma regra de 3, não sabe interpretar um texto, não responde pergunta básica de ciência? Absurdo. Não tem que perguntar para o pai irresponsável nessa questão se ele quer ou não uma escola com uma, de certa forma, militarização. Tem que impor, tem que mudar. Não queremos que essa garotada cresça e vai ser pelo resto da vida dependente de programas sociais do governo", afirmou. Ele citou como exemplo o Distrito Federal, que adotou a militarização das escolas, parabenizando o governador Ibaneis Rocha (MDB). "Temos aqui a presença física do nosso governador do DF, Ibaneis. Parabéns, governador, com essa proposta. Vi que alguns bairros tiveram votação e não aceitaram. Me desculpa, não tem que aceitar, não. Tem que impor". Weintraub Presente no ato, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que vai cumprir a determinação de Bolsonaro para impor a militarização nas escolas. "Se o presidente falou, a palavra do presidente é a última palavra do Executivo. Então, está falado", afirmou, em entrevista. Na abertura da cerimonia, Weintraub iniciou os ataques à esqueda, com discurso altamente ideológico. "[Que] nunca mais um regime totalitário tente ser implantado no Brasil. Nunca mais nós tenhamos uma ideologia externa tentando ser imposta aos brasileiros. Nunca mais o presidente de outro país questione a soberania deste país. Nunca mais a gente esqueça que essa bandeira jamais será vermelha", disse o ministro, que segue a cartilha de Olavo de Carvalho para a doutrinação nas escolas.