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Por conta das medidas de contingenciamento nas verbas dos institutos federais, anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) em maio deste ano, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ameaça ter que paralisar suas atividades neste início do segundo semestre do período letivo. A reitora Denise Carvalho disse na última sexta-feira (2) que está tentando a liberação dos R$ 10 milhões que faltam para custeio da universidade, buscando evitar, assim, sua paralisação. A instituição recebeu apenas R$ 15 milhões dos R$ 25 milhões que teria direito.
De acordo com a reitora, serviços básicos como segurança e limpeza correm o risco de serem suspensos na instituição ainda esse mês, pois os pagamentos já estão com dois meses de atraso. "Pelos contratos [com a universidade], serviços de manutenção são suspensos quando ficam três meses sem receber. Se esse dinheiro não entrar, os serviços param", comentou Carvalho.
Além do contigenciamento do MEC, os cortes aplicados pelo Ministério da Tecnologia e Pesquisa também reverberam nas instituições federais. Romido Toledo Filho, novo diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), também alerta para as dificuldades que bolsistas de mestrado e doutorado deverão passar na UFRJ.
"Além da verba de custeio, que também nos atinge, o que nos preocupa é contingenciamento de verbas que afeta o pagamento de bolsas de mestrado e doutorado. Com o corte de verbas do Finep e do CNPq teremos problemas para pagar as bolsas de setembro”, disse Toledo.