Corte na verba da UFMG prejudica pesquisa de combate ao câncer de fígado

Recursos para estudo sobre câncer de fígado, considerado um dos mais letais, vão somente até setembro

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A política de corte de recursos das universidades públicas, promovida pelo Ministério da Educação (MEC), de Jair Bolsonaro, deve trazer consequências gravíssimas para a saúde do brasileiro. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com o Yale Liver Center, dos Estados Unidos, identificaram uma molécula que pode ajudar no diagnóstico precoce do câncer do fígado, considerado um dos mais letais. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo. No entanto, as pesquisas estão seriamente ameaçadas pelos cortes nas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemig). “Nós temos verbas até o mês de setembro. E as bolsas são de dedicação exclusiva. A gente teme pela pesquisa que pode ajudar até a combater diretamente o câncer de fígado”, declarou Rodrigo Machado, coautor do estudo, pesquisador e aluno do Laboratório do Cálcio do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Bloqueio Em 2019, o governo de Bolsonaro anunciou um bloqueio de R$ 2,13 bilhões no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o que prejudicou as bolsas do CNPq. Além disso, a UFMG vem sofrendo com a suspensão de R$ 2,5 milhões da Fapemig, destinados a bolsas de iniciação científica, e de cerca de R$ 13 milhões para projetos liderados por professores. “É uma situação muito complicada, porque este trabalho é muito promissor”, afirmou a líder da pesquisa, professora Maria de Fátima Leite, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB.