Após "Dia do Fogo" na Amazônia, pecuarista culpa ONGs: "Presidente Bolsonaro tá certo"

Após combinarem por whatsapp de atear fogo na Amazônia em apoio a Bolsonaro pelas políticas de "afrouxamento" da fiscalização, pecuaristas criaram a versão para culpar ONGs pelo incêndio na floresta, fazendo eco às declarações do presidente

Bolsonaro e o incêndio na Floresta Amazônica (Foto: Montagem)Créditos: Presidência da República / Twitter
Escrito en POLÍTICA el
Após combinarem em um grupo de whatsapp incendiar simultaneamente as margens da BR163, na região de Altamira, no Pará, do dia 10 de agosto, que foi chamado "Dia do Fogo", ruralistas estão fazendo eco a Jair Bolsonaro e culpando organizações não governamentais (ONGs) pelo incêndio que consome a Amazônia. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém “Esse povo, se eles veem você, eles já vêm armado, já manda você parar, já toma seu celular. Você não pode fazer nada. As caminhonetes que eles andam fazendo esse terror todo, está escrito ICMbio. O presidente Bolsonaro tá certo quando diz que essas Ongs estão botando fogo”, disse a pecuarista Nair Brizola, de Cachoeira da Serra, ao jornalista Ivaci Matias, da Globo Rural, que fez a denúncia sobre o "dia do fogo" neste domingo (25). Apoio a Bolsonaro Segundo o repórter, após colocarem fogo para mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que apoiam suas ideias de “afrouxar” a fiscalização do Ibama e quem sabe conseguir o perdão das multas pelas infrações cometidas ao Meio Ambiente, os ruralistas criaram a versão para culpar as ONGs e fazer coro ao presidente. De acordo com a reportagem da revista, que está na região, mais de 70 ruralistas combinaram o "dia do fogo" por whatsapp, que desencadeou um dos principais focos de incêndio na região amazônica. A pedido do Ministério Público de Novo Progresso, o Delegado Daniel Mattos Pereira, da Polícia Civil, já ouviu algumas pessoas ligadas ao “Dia do Fogo”, até agora ninguém foi preso. Pelo Twitter, o ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, avisou Sergio Moro, da Justiça, no início da tarde deste domingo que Jair Bolsonaro determinou abertura de investigação sobre o caso. Moro, respondeu que a "Polícia Federal vai, com sua expertise, apurar o fato".