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Apesar da divulgação de dados oficiais da Nasa e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dando conta do aumento avassalador das queimadas na Amazônia durante o governo de Jair Bolsonaro, ele resolveu tentar fugir da responsabilidade.
O presidente declarou nesta quarta-feira (21) que organizações não governamentais (ONGs) podem estar por trás das queimadas na Amazônia.
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“O crime existe. Isso temos que fazer o possível para que não aumente, mas nós tiramos dinheiro de ONGs, 40% ia para ONGs. Não tem mais. De modo que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro. Então, pode, não estou afirmando, ter ação criminosa desses ongueiros para chamar atenção contra minha pessoa, contra o governo do Brasil”, afirmou, em entrevista ao deixar o Palácio da Alvorada.
Perguntado se tinha provas ou indícios das acusações, Bolsonaro respondeu que isso “não tem um plano escrito” e “não é assim que se faz”.
Desde o início de 2018, o Inpe, responsável por monitorar os focos de queimadas no país, detectou mais de 72 mil pontos, especialmente em Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas. O número representa aumento de 83% em relação ao mesmo período em 2018.
Denúncias
A revolta provocada pelo descaso do governo federal fez com que usuários do Twitter levassem o termo “E a Amazônia” ao topo dos assuntos na rede social, nesta terça-feira (20), depois de questionamentos a respeito da falta de atenção que tem sido dada às queimadas registradas na região.
Além disso, um dos principais fotógrafos do país, Araquém Alcântara, fez um relato emocionante em sua página no Facebook. Um dos pioneiros da fotografia de natureza no Brasil usou uma foto que fez de um tamanduá-mirim fugindo do fogo, para falar de sua revolta diante do aumento das queimadas e da política de desmatamento propagada por Jair Bolsonaro na Amazônia.