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Ao contrário do que afirmou Jair Bolsonaro, em um dos ataques ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, os assassinos de Fernando Santa Cruz não foram integrantes do grupo de esquerda Ação Popular (AP). O militante foi morto pela ditadura militar.
Segundo o ex-delegado do Dops, Cláudio Guerra, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), em 2014, o pai do presidente da OAB foi encaminhado para a Casa da Morte, um centro de tortura em Petrópolis.
Queima de arquivo
O corpo de Fernando foi incinerado em uma usina de açúcar. Guerra declarou à CNV que incinerou inúmeros corpos de militantes assassinados pelo regime, entre eles o do pai do presidente da OAB. Guerra disse, ainda, que teria usado a Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes (RJ), para efetuar a queima de arquivo.
A versão de Guerra foi registrada não só pela CNV, mas também pelos autores Rogério Medeiros e Marcelo Netto no livro “Memórias de uma guerra suja”.
Veja o vídeo do depoimento de Cláudio Guerra à CNV, em 2014, no qual ele admite que incinerou o corpo de Fernando Santa Cruz, na Usina de Cambahyba. O vídeo foi postado pelo senador Humberto Costa (PT):
Ex-delegado do DOPS Claudio Guerra confessa que incinerou corpos de presos da ditadura na Usina Cambahyba. Entre eles, o de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, de quem Bolsonaro ultrajou a memória ao mentir descaradamente sobre a sua morte no r https://t.co/ztiM2srMM0
— Humberto Costa (@senadorhumberto) August 1, 2019