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Sem dar entrevistas à Globo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, falou por quase uma hora no dia 1º de Novembro, às vésperas do Enem, em uma live com integrantes do Movimento Brasil Conservador onde criticou a estratégia de caça ao que chama de "expurgos nossos", em relação aos dissidentes do movimento que alçou Jair Bolsonaro ao poder.
Weintraub ressaltou que o modelo de fazer política de confronto adotado pelo governo foi copiada do guru Olavo de Carvalho - que fez "escola" -.
"Eu não falo a quantidade de palavrões que o professor Olavo fala [...] Quando eu vou para o confronto, dificilmente eu vou para o palavrão. Cada um tem um estilo. Eu vou mais na troça, tirando sarro. Mas, se você pegar Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Jordy, a turma toda".
O ministro, no entanto, ressaltou que alguns dos "expurgos", como Nando Moura, não deveriam estar "sendo caçado de pau".
"Até agora, a gente está tendo uma coisa muito chata, bastante desconfortável que é(SIC) os expurgos nossos. Eu acho que muita gente que a gente colocou de escanteio não merecia ter esse tratamento que está tendo. Isso é uma coisa que estou querendo conversar mais a fundo. A gente luta pela liberdade de falar o que quer falar. Se a pessoa fala uma coisa que a gente não quer escutar, a gente não pode moer ela", disse o ministro, antes de ser indagado quem seriam essas pessoas. "O Nando Moura, porra! O Nando Moura não deveria estar sendo caçado de pau, como está sendo caçado", disse.
Weintraub ainda comparou ele e o irmão, o assessor especial da Presidência, Arthur Weintraub, ao novo e ao velho testamento. Segundo o ministro, Arthur é o "novo testamento", disposto a perdoar 70 vezes 7. Já ele seria o velho testamento.
"Eu sou o velho [testamento]. Pra mim é a Lei de Talião. É olho por olho, dente por dente. De preferência os dois dentes do cara e os dois olhos", ressaltando que "eu, Abrahamzinho, que sou velho testamento, estou dizendo que a gente tem que oferecer a outra face, pô".