Afilhada de Marco Feliciano, autora de novelas do SBT vai comandar Casa de Rui Barbosa após ter texto tuitado por Carlos Bolsonaro

Autora de novelas do SBT e da Record, Letícia Dornelles escreveu "obras" como “Como enlouquecer em dez lições” e “As aventuras de Patrick na fazenda”, inspirada no filho de 9 anos. Além disso, foi repórter de TV e roteirista dos humorísticos “Partiu Shopping” e “Treme Treme”

Letícia Dornelles com Silvio Santos (Reprodução)
Escrito en POLÍTICA el
Dedicada desde 1930 a preservar a obra e zelar pelo arquivo do orador, jurista e jornalista baiano, a Fundação Casa de Rui Barbosa terá em seu comando a partir da próxima semana a autora de novelas do SBT e da Record, Letícia Dornelles, que escreveu obras como “Como enlouquecer em dez lições” e “As aventuras de Patrick na fazenda”, inspirada no filho de 9 anos. Além disso, foi repórter de TV e roteirista dos humorísticos “Partiu Shopping” e “Treme Treme”. “Queriam achar uma função pra mim em Brasília. Aí eu falei: ‘Não, deixa eu ficar no Rio’. A fundação foi o que encontramos para eu poder ajudar”, disse Letícia ao jornalista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, neste domingo (27). Apadrinhada pelo deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), que faz parte da comitiva de Jair Bolsonaro pelo oriente, Letícia ganhou notoriedade no governo ao ter um texto em que defende o presidente tuitado pelo vereador licenciado, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). “O Carlos Bolsonaro repostou e o texto viralizou”, orgulha-se. Depois disso, segundo a reportagem, ela virou uma conselheira informal do poder. “Converso com algumas pessoas, dou ideias. Às vezes fico triste com alguma coisa que acontece e falo: ‘Poxa, gente, não faz isso...’”. Preterida pelos funcionários da Fundação, que haviam indicado a filóloga Rachel Valença, que dedicou 33 anos à Casa, Letícia diz que quer "acelerar as palestras, que hoje são muito acadêmicas” e pretende pacificar os ânimos dos servidores, por ser "libriana". “Não tenho mestrado, mas também sou pesquisadora. Não estou caindo de paraquedas. Passei por entrevistas, foi quase um reality show". Feliciano contou ao jornalista que o ministro da Cidadania, Osmar Terra, responsável pela fundação, achou o nome da autora de novelas "formidável" para a função. De acordo com Feliciano, “a Fundação Rui Barbosa (sic) não precisa de mais um acadêmico, já tem muitos. Precisa de sangue novo”