Ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), que é genro de Silvio Santos, criticou a "leitura" da imprensa de que Celso Russomanno e Marcelo Crivella, bolsonaristas derrotados nas eleições às prefeituras de São Paulo e do Rio - ambos do Republicanos - sejam extremistas e disse que é uma avaliação errada dizer que Jair Bolsonaro (Sem Partido) saiu derrotado das eleições municipais, mesmo que tenha eleito apenas 2 dos 13 candidatos que apoiou.
"Quem foi o candidato de extremo, do Bolsonaro, que perdeu? Russomanno (Celso Russomanno, candidato à prefeitura de São Paulo pelo Republicanos) é moderado. Crivella (Marcello Crivella, candidato à reeleição do Rio de Janeiro) é moderado. É uma leitura que ainda não consegui fazer, essa que a imprensa tentou colocar", disse Faria em entrevista ao Correio Braziliense nesta quarta-feira (2).
Antes disso, o ministro afirmou que "a narrativa que foi colocada de que houve uma participação e, possivelmente, derrota do presidente Bolsonaro é totalmente incorreta".
Faria disse ainda que não é "o Bolsonaro que está virando centrão", mas sim o centro que "abraça" as bandeiras de Bolsonaro.
Alçado ao ministério na cota do PSD - um dos partidos que compõem o chamado centrão -, o genro de Silvio Santos disse ainda que, depois de 2018, não teve mais "toma-lá-dá-cá".
"O que precisa é o centro se entender com o governo. Porque, depois de 2018, não vai ter a volta do toma-lá-dá-cá. Isso, mesmo daqui muitos anos, a população não vai aceitar. Isso está precificado. Não acredito que vai ter pedido por ministério", diz o ministro do PSD.