Barroso zomba de Bolsonaro sobre acusação de fraude em urnas eletrônicas: "Retórica"

Sem citar Bolsonaro, Luís Roberto Barroso, do TSE, disse que "quem não quer entender, não tem remédio na farmacologia jurídica para resolver”. Mais cedo, presidente voltou a defender voto impresso e "apuração pública"

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Após o fim do segundo turno das eleições na noite deste domingo (29), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, ironizou Jair Bolsonaro ao comentar sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas.

Sem citar o nome do presidente, que após votar no Rio de Janeiro voltou a criticar as urnas eletrônicas, Barroso disse que “para além da retórica sobre a qual ninguém tem controle”, jamais foram apresentados indícios contra o sistema brasileiro.

“Quem não quer entender, não tem remédio na farmacologia jurídica para resolver”, zombou.

Barroso ainda minimizou o problema dos atrasos na divulgação dos resultados no primeiro turno - de algumas horas - e comparou às eleições nos Estados Unidos. “Tem país esperando há 14 dias a divulgação final do resultado [das eleições]”.

Voto impresso
Nas redes sociais, Bolsonaro publicou um storie sobre sua declaração após votar no Rio, defendendo o voto impresso. "É preciso ter uma forma mais confiável para se votar. E a apuração tem que ser pública", diz a frase destacada.

Bolsonaro ainda falou dos Estados Unidos em sua coletiva após realizar seu voto, na Vila Militar, no Rio de Janeiro. Bolsonaro qualificou o país norte-americano como “uma das mães da democracia” e disse que “suas fontes” teriam garantido que houve fraude nas eleições que terminaram com a vitória de Joe Biden, do Partido Democrata, sobre seu aliado, Donald Trump – o mandatário brasileiro não quis revelar quais seriam essas fontes, alegando que “não adianta eu falar pra vocês (imprensa) que não vão divulgar mesmo”.

“Teve muita fraude lá. Teve fraude, isso ninguém discute. Se ela foi suficiente pra definir um ou outro (como vencedor) eu não sei. Eu estou aguardando um pouco mais para que seja decidido pelos estados, ou pela justiça eleitoral deles, ou quem sabe até pela Suprema Corte”, declarou.

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