"CR10": Russomanno viola direitos autorais e tem vídeo de campanha removido do YouTube

Candidato à prefeitura de São Paulo veiculou uma peça eleitoral em que coloca a sua cabeça e a cabeça de Bolsonaro no corpo de jogadores em um vídeo da Copa do Mundo de 1970

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As coisas não vão bem para a campanha de Celso Russomanno (Republicanos) à prefeitura de São Paulo. Líder nas pesquisas até a última semana, o homem de Jair Bolsonaro para a capital paulista vem observando, conforme aconteceu em 2012 e 2016, sua candidatura desidratar rapidamente - ele caiu 7 pontos percentuais na última pesquisa Datafolha, foi ultrapassado por Bruno Covas (PSDB) e já é ameaçado por Guilherme Boulos (PSOL), que está tecnicamente empatado com ele na segunda colocação.

Ao longo desta semana, para além da má notícia da pesquisa, dois revezes contra Russomanno vieram à tona: o candidato tem dois carros e um imóvel em Itanhaém bloqueados pela Justiça desde 2016 por conta de um calote do deputado que chega a R$7 milhões. Além disso, o deputado vem sendo acusado por um advogado de extorsão e difamação.

Como se não bastasse, neste sábado o YouTube removeu de sua plataforma um vídeo de campanha de Russomanno por violação de direitos autorais da Fifa. Na peça eleitoral, a campanha de Russomanno colocou a cabeça do deputado e de seu aliado, Jair Bolsonaro, no lugar da cabeça de jogadores da Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1970.

A candidatura de Russomanno, inclusive, adotou o apelido "CR10", que faz uma alusão ao apelido do jogador português, Cristiano Ronaldo, que é "CR7".

A Fifa possui o direito sob as imagens que Russomanno utilizou em sua campanha e o candidato não obteve autorização da entidade. À Folha de S. Paulo, Elsinho Mouco, marqueteiro da campanha do deputado, disse que achava que as imagens eram de domínio público, já que foram gravadas há 50 anos.

"O gol do Russomanno está incomodando. O vídeo viralizou e provocou uma reação imediata do tucanato", afirmou. A suposta "viralização" do vídeo, no entanto, não refletiu nas intenções de voto ao candidato, que só vêm caindo.