Do STF, em BRASÍLIA | O agronegócio brasileiro seria o responsável por “bancar” financeiramente os manifestantes que acampavam na frente dos quartéis em Brasília, enquanto o general Braga Netto seria quem fazia a intermediação entre esse setor econômico e Jair Bolsonaro (PL). Essa foi a afirmação feita pelo tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante do ex-presidente de extrema direita, durante a sessão do julgamento da que apura a tentativa de golpe de Estado transcorrida entre o final de 2022 e o começo de 2023, que ocorre nesta segunda-feira (9), no Supremo Tribunal Federal.
“Provavelmente, até pelas manifestações, era o pessoal do agronegócio que ajudava a manter as manifestações na frente dos quartéis, foi a minha ideia principal naquele momento”, explicou Mauro Cid.
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“Ele (major De Oliveira) disse que tava precisando de dinheiro, que precisava de recurso para alguma coisa, até inicialmente brinquei “R$ 100 mil”, para trazer pessoas do Rio de Janeiro… Fui procurar o Braga Netto, ele disse que eu procurasse o pessoal do partido (PL)... Na minha cabeça, eram manifestações apoiadas pelo Exército na frente dos quarteis”, completou Mauro Cid.
Em resposta, o oficial teria ouvido do coronel tesoureiro do Partido Liberal (PL) que não seria possível trazer e manter manifestantes neste caso. Depois, ele explicou essa mesma afirmação ao general Braga Netto, que teria trazido, então, uma quantia de dinheiro que “com certeza não eram os R$ 100 mil, até porque o volume não era tanto”, em um invólucro de vinho, lacrado, posteriormente repassada por Braga Netto ao major De Oliveira, no Palácio do Alvorada.