A deputada federal Carla Zambelli (PL) chegou à Itália nesta quinta-feira (5) e por muito pouco não foi presa ao pisar no Aeroporto Internacional de Roma Leonardo Da Vinci. Num golpe de pura sorte, a bolsonarista passou no controle de passaportes menos de duas antes de seu nome ser incluído na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, a relação onde estão os criminosos mais procurados e perigosos do mundo.
Condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por inserir dados falsos na plataforma, como alvarás de soltura de criminosos e até um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Zambelli fugiu do Brasil pela fronteira com a Argentina, de carro, e de lá tomou um voo para a Flórida, nos EUA, onde permaneceu até a noite de quinta-feira (4).
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Zambelli deu declarações numa entrevista à CNN debochando do Brasil e de suas autoridades. Segundo a extremista condenada, na Itália ela seria “intocável” por ser detentora de uma cidadania do país. No entanto, a coisa não bem assim. O país europeu tem tratado de extradições com o Brasil e sua constituição permite que uma pessoa com cidadania italiana seja deportada.
Agora, se a deputada radical for localizada em qualquer lugar em solo italiano, e a polícia devidamente notificada de sua presença, ela será detida e encaminhada às autoridades locais. Se tentar se locomover para outra nação, Zambelli deve ser detida com relativa facilidade, já que a Lista de Difusão Vermelha da Interpol é checada automaticamente em todos os controles de ingresso em 196 país do planeta.
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