Sem novidades, o ex-presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais neste sábado (14) para tentar lacrar em cima do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mas acabou ridicularizado por internautas.
Após o seu depoimento no STF, Jair Bolsonaro ficou desmoralizado, isso porque afinou diante da figura de Moraes e até mesmo o convidou para ser seu vice na chapa eleitoral de 2026. Lembrando que Bolsonaro está inelegível até 2030.
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Desmoralizado, Bolsonaro tenta de todas as formas pregar a imagem de "radical" nas redes, no entanto, até mesmo entre os seus apoiadores, o ex-mandatário se revelou "tchutchuca" do STF.
Confira abaixo as principais reações:
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Advogado de Cid diz que mensagens divulgadas pela Veja são “sacanagem da defesa de Bolsonaro”
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou à Polícia Federal nesta sexta-feira (13) que a viagem de sua família aos Estados Unidos teve como objetivo a comemoração do aniversário de 15 anos de sua sobrinha. Segundo sua defesa, a viagem já estava programada e as passagens de retorno ao Brasil estão marcadas para o dia 20 de junho. A declaração faz parte da estratégia da defesa para afastar suspeitas de tentativa de fuga do país, levantadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Cid prestou depoimento à PF por cerca de três horas, em Brasília. Ele foi convocado após a prisão do ex-ministro Gilson Machado e após a realização de buscas em sua residência na manhã desta sexta-feira.
Mensagens suspeitas associadas à esposa
Durante o interrogatório, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro também foi questionado sobre mensagens atribuídas a um perfil de rede social supostamente usado por sua esposa. As mensagens, reveladas pela revista Veja, indicariam que Cid compartilhou com amigos informações sigilosas de sua colaboração premiada com a Polícia Federal.
Nas mensagens atribuídas ao perfil @gabrielar702, o autor escreve em primeira pessoa, alegando ter se sentido pressionado durante os depoimentos à PF, e afirma que os investigadores teriam como objetivo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Defesa de Cid nega autenticidade das mensagens
O advogado de Cid, Cezar Bitencourt, classificou o episódio como uma armação e afirmou à Folha de S.Paulo que a delação continua válida. “Foi tranquilo, o acordo está de pé. Foi uma sacanagem que a defesa do Bolsonaro fez”, declarou. Em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Bitencourt sustentou que o perfil não pertence nem nunca pertenceu a Mauro Cid, e que o conteúdo das mensagens é completamente falso. “Trata-se, portanto, sem sombra de dúvida, de uma falsidade grotesca e produzida para servir de prova no processo penal, sujeita, em tese, a sanções previstas no art. 347, § único, do Código Penal”, escreveu.
STF pode investigar perfil suspeito
A defesa de Cid solicitou ao STF a abertura de uma investigação para apurar a titularidade do perfil @gabrielar702. “Mauro César Barbosa Cid reitera, mais uma vez, que cumpriu todos os termos de sua colaboração premiada, inclusive quanto ao sigilo e às cautelares impostas em substituição à prisão”, afirmou Bitencourt.
Bolsonaro reage e pede anulação da delação
Após a publicação da reportagem da Veja, Jair Bolsonaro reagiu nas redes sociais, afirmando que a delação de Cid “deve ser anulada”. “Braga Netto e os demais devem ser libertos imediatamente. E esse processo político disfarçado de ação penal precisa ser interrompido antes que cause danos irreversíveis ao Estado de Direito em nosso país”, escreveu o ex-presidente.
Líder do PT reage
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), classificou como "grave" a afirmação do advogado de Mauro Cid, de que a defesa de Jair Bolsonaro teria manipulado as mensagens atribuídas a Cid e divulgadas em um perfil do Instagram.
"O ponto mais grave, no entanto, foi a acusação direta a Jair Bolsonaro: segundo Cid, o ex-presidente teria manipulado o conteúdo das mensagens extraídas de seu celular, editando trechos e suprimindo contextos para criar uma narrativa falsa e favorável a si próprio. Essa adulteração teria sido divulgada publicamente com o objetivo de desacreditar a investigação e confundir tanto a opinião pública quanto o STF para obter a anulação do acordo de delação premiada de Cid", declarou Lindbergh Farias.
Para o líder do PT na Câmara, Bolsonaro atua para "induzir erro no processo penal": "Trata-se, segundo a defesa de Cid, de uma tentativa deliberada de induzir erro no processo penal — o que configura fraude processual, conforme o artigo 347, parágrafo único, do Código Penal, por se tratar de falsificação com finalidade de uso perante autoridade judicial. Em outras palavras: Cid sustenta que Bolsonaro não só participou da trama golpista, como também tentou forjar provas para se proteger das consequências penais."